Os Patinhos

Hoje, vou-vos falar de uma coisa que é para adormecer, mas que eu não quero, de maneira alguma, que vocês adormeçam…
Meninos e meninas, vou vos falar d “Os PATINHOS”!!
Quem não se lembra de às 20:55 começar a dar “Os Patinhos”  na RTP 2?! É que aquilo assustava! Só o simples facto de um dos patos sair puxado por uma bengala é assustador e levava as crianças a ter pesadelos. Okay, esta última parte foi inventada por mim, acho que nenhuma criança teve pesadelos com isso…
O certo é que isso é uma coisa do meu tempo e que agora, penso que, não existe mais.
Como é que as crianças dormem? Primeiro tiram-nos o “Vitinho” e agora “Os Patinhos”?! PORQUÊ?!

Morangos com Açúcar

Eu sei que isto é um tema muito polémico porque a maior parte de vocês não gostava nem nunca gostou disto, mas o facto é que isto foi do meu/nosso tempo.
A série foi composta por nove temporadas, tendo as últimas três saído do projeto inicial para a série. Eu penso que saíram, não quer dizer que tenham saído. É que as seis primeiras temporadas foram uma série juvenil “normal”, as outras eram uma imitação de “Glee”, mas em versão rasca.
Eu pelo imensa desculpa, mas antes de mais tenho de vos ser sincera. Eu só vi as duas primeiras temporadas. A temporada do Pipo e da Joana e a temporada do Simão e da Ana Luísa. Por isso, eu já não vi a série há sete anos… Já era um exagero de açúcar para o meu sangue.
Depois de terem “criado” muitos dos atores/atrizes da nossa geração, como: João Catarré, Ana Guiomar, Diogo Amaral, Pedro Teixeira, Cláudia Teixeira, Sisley Dias e Mariana Monteiro, a série começou a cair em audiências, pois como eu, muitos adolescentes se chatearam da trama e deixaram de ver.
Apesar dos recentes maus resultados em Portugal, a série foi vendida para a China, Angola e Rússia, onde, tem vindo a manter, bons resultados.
A série acabou este ano em Setembro e, para assinalar o fim da era “Morangos com Açúcar”, decidiu-se fazer o filme dos “Morangos com Açúcar” que, estreou em Agosto deste ano.
Por mais mal que digam da série muitos gostaram de ver e, talvez, tenha sido importante tê-la com cenas dirigidas aos jovens porque, infelizmente, ainda vivemos num país retrogrado e com mentalidades fechadas e, provavelmente, alguns problemas falados na série tenham ajudado alguns jovens.

Bolacha Maria

Vocês desculpem-me, mas isto é um assunto muito típico da minha/nossa infância e era necessário falar nele. Por isso aqui vai. Sem mais demoras apresento-vos a bolacha mais gostosa da minha infância e que tem o primeiro nome da minha avó. Pessoal, apresento-vos a Bolacha Maria!!! A preciosa bolacha redonda com aquele sabor específico.
Como eu adorava comer a bela da Bolacha Maria com manteiga ou “enfiá-las” dentro da chávena com Mocambo, era simplesmente divinal!
Todos nós comíamos as belas das bolachas como se fossem bolachas de chocolate excelentes, por sinal.
Fiquei, recentemente, durante a minha pesquisa, a saber que a bolacha também é muito popular em países como o México, Espanha, Austrália, Índia e África do Sul e que foi criada por um padeiro inglês, em 1874, para comemorar o casamento de uma Duquesa russa com o Duque de Edimburgo. Por cá, come-se em casamentos, batizados, aniversários, lanches e onde calhar.

Aulas do 5º ano

Quem não se lembra do primeiro dia de aulas na preparatória? Que tempos!
Tínhamos saído da primária há um ano, a vida era fácil, não estudávamos ponta e a coisa mais importante para nós era que estávamos, finalmente, no 5º ano.
A liberdade que nos era dada e tínhamos um “café” dentro da escola onde esbanjávamos o dinheiro em chocolates, sumos e gelados.
Tínhamos mil e quinhentos professores, em vez de um, e ninguém sabia o nome deles, outras mil e quinhentas funcionárias e ninguém sabia o nome delas e mil e quinhentas salas para nos perdemos dentro da escola.
Resumindo e concluindo, éramos todos pequenos e tudo muito grande para putos de nove anos.
Eu lembro-me que a minha mãe me comprou um relógio que era para eu ir para sala quando fossem horas, independentemente, de haver o toque que nos indicava que acabou a “boa vaiela”.
Éramos felizes numa escola grande e isso, era o que importava. 

Barbies

E chegou a hora de falarmos do brinquedo master das meninas do meu, do anterior e do tempo de agora… Senhores e senhoras, meninos e meninas é com orgulho que eu vos apresento: A BARBIE!!!!!!!!!!! A pois é! Todas as bonecas tinham este estereótipo de modelo: Loira, olhos azuis, magra e de seios salientes.
Havia Barbie de todo o tipo: Barbie cabeleireira, barbie veterinária, barbie doutora, barbie com o seu fiat 500, barbie e o seu castelo e Barbie princesas de todo o tipo.
Os meus pais não tinham muitas possibilidades financeiras, por isso davam-me a Barbie mais baratas nos anos e as mais caras no Natal ou, então, em alguns natais davam-me outras bonecas do género, mas de outras marcas. Por exemplo, eu tinha um apartamento, mas da Nancy.  Era mais barato…
Continuando, a Barbie foram, são e irão continuar a ser as grandes inimigas das raparigas porque são, como eu já referi, Loira, olhos azuis, magra e de seios salientes.
Eu adorava passar tardes inteiras a brincar com elas, a trocar roupas e sapatos que, às tantas, já andavam todas nuas e descalças. Até parecia que eu já sabia como iria ser a vida atualmente… 

Doraemon

Como eu adorava ver este desenho animado… Melhor, eu era viciada nisto! Eu e muitas criancinhas da geração Doraemon, mas da versão espanhola.
O Doraemon era um gato cósmico do século XXII, que, de repente, aparece em casa da família Nobi, para ajudar Nobita.
Nobita era um puto desastrado que não gostava de estudar e metia-se em todo o tipo de alhadas, das quais não se sabia livrar sem a ajuda de Doraemon.
A Shizuka Minamoto era a melhor amiga dele e a rapariga por quem o Nobita se apaixonara. O problema era o Gigante e o Soneo que se metiam entre eles só para o Nobita não ter qualquer chance com ela.
O Gigante era o mais temido do bairro por ser o mais forte e o Soneo, por ser mais pequeno, precisava do Gigante para se defender do Nobita porque também ele gostava da Shizuka.
O Suneo Honekawa era o puto mais rico do bairro porque o pai era diretor-geral duma empresa, na qual, Suneo, o representaria mais tarde. Ele é um miúdo gabarola e narcisista que, quando recebia uma coisa nova, reunia os amigos em casa, qual reunião da tupperware, para mostrá-la e para se gabar, o que levava muitas vezes aos disparates do Nobita para ter uma coisa igual.
A série ao todo teve 1049 episódios e acabou em Março de 2005.
Como já era previsível, vários finais foram feitos/inventados e, durante a minha pesquisa, nunca cheguei a uma conclusão concreta sobre o verdadeiro final de Doraemon. Uns dizem que aquilo tudo foi um sonho do Nobita, uns dizem que Doraemon ficou sem bateria e uns dizem que Doraemon voltou do século XXII. Quanto a estes supostos finais não me posso pronunciar porque não gosto de nenhum, mas de uma coisa talvez posso ter a certeza, o Nobita e a Shizuka ficaram juntos.

Mini Milk

Tantos mini milk comi eu à custa de dores de garganta e da operação do meu irmão às amígdalas…
 Era e é o gelado que quase ninguém gostava por ser o que pior sabia e o mais barato, mas que, no entanto, todos o devoram. No meu tempo, era o gelado que as visitas comiam quando se ia passear por ser o mais barato e para se dizer que se deu um gelado ao petiz convidado pelo familiar.
O mini milk é um gelado de leite de forma cilíndrica e com um pauzinho espetado que, por esta altura deve custar 0.70€ a unidade. Há mini milk de sabor a  morango, a baunilha e a chocolate, mas eu nunca provei outro a não ser o de baunilha, o que me leva a acreditar que à unidade só se vende de baunilha.
Pesquisei sobre o assunto e os mini milk de morango e chocolate só aparecem nas caixas de doze unidades à venda nos super e hipermercados e que por isso, é que eu nunca provei nenhum de outro sabor.

Missangas

Todas as raparigas da Eb 1 do Bom Pastor gostavam de fazer pulseiras com as belas das missangas compradas na loja do chinês… Bem, foi exagero. Todas não… Eu. Eu gostava de fazer pulseiras, colares e anéis com as belas das missangas compradas na loja do chinês.
Para mim, a “panca” das missangas começou quando a minha prima, mais velha do que eu , fazia pulseiras para ela e me deu uma, depois de eu muito a chatear. Eu usava-a muito religiosamente como se de uma pulseira de ouro se tratasse, mas para mim, com sete/oito anos, uma pulseira de ouro ou de missangas era exatamente a mesma coisa. Mas, num belo dia, o inevitável aconteceu. A minha bela pulseira de missangas azul-marinhas rebentou! E, junto com ela, rebentou o meu coração, as minhas veias e a minha esperança de voltar a ter uma igual…
Na verdade não voltei a ter uma igual, mas parecidas, já que fiz a minha progenitora ir comprar à loja do chinês uma caixa de missangas para tentar preencher um lugar no meu coração desde que a outra rebentara… 

Tamagotchi

Quem é que não teve um tamagotchi? Eu tive para ai uns cinquenta. Mas vou ser muito sincera: Eram todos da loja do chinês. Eram da loja do chinês porque os outros custavam 4 contos e, mais tarde, 20 euros e os da loja do chinês cerca de 2.50 euros. Mas, para os amantes da matemática, multiplicando por cinquenta dava 125 euros o que dava para comprar, cerca, de 6 tamagotchi dos bons! Passando à frente…
Todos miúdos, em 2001/2002, tinham tamagotchi e usavam-nos orgulhosamente ao peito e eu, era uma desses miúdos/as.
O tamagotchi consistia em dar-lhe de comer, dar-lhe banho, limpar as necessidades fisiológicas e até os pôr a acasalar com outro tamagotchi.
Foram um fenómeno e nas escolas era proibido, mas nenhum puto ligava a isso e todos levávamos o animal de estimação virtual para as aulas e secretamente cuidávamos deles. O pior era mesmo quando aquilo começava a apitar e lá vinha a professora tirar os bichanos, mas, o pior, era quando eles morriam quando a professora nos tirava o bicho… Um autêntico funeral no recreio da escola e, depois de muita coisa, carregava-se no reset e tínhamos um bicho novo.
Eles tinham várias cores e modelos e descobri que ainda se vendem. Talvez passe por uma loja do chinês e compre um… Só para matar saudades… Minto! Eu quero ter um e levá-lo novamente para a escola dez anos depois!!!

A Navegante da Lua

Outro vicio da minha infância intitulado por: “A Navegante da Lua”… O quanto, eu, era viciada nisso e até aos meus 16 anos o fui…Quer dizer… Aos 16 anos passava no canal panda das 23:30 às 00:30, o que só por si, atraí as criancinhas, pois elas, talvez, acreditassem que era qualquer coisa do tipo pornográfico, o que por sua vez, não é totalmente mentira. Olhando para os uniformes da escola e para os vestidos que usavam quando se transformavam eram bastante…bem….curtos…Ah! E via-se os seios das raparigas quando elas se transformavam, o que uma criança de 5 anos pode achar no mínimo estranho e perguntar à mamã que saliência é aquela. Passando à frente o suposto lado porco da série… A verdade é que esta série era composta, essencialmente, por cinco personagens principais: A Bunny, a Joana, a Rita, a Maria e a Amy. Que eram a navegante da lua, a navegante de Vénus, a navegante de Marte, a navegante de Júpiter e a navegante de Mercúrio, respetivamente.
A Bunny era a navegante que qualquer rapariga queria ser nas brincadeiras do recreio da escola e digo isto por experiência própria, pois o “creme de lá creme” era ser a Bunny. Posso dizer que isso aconteceu algumas vezes durante a minha estadia na escola primária até porque tinha uma varinha mágica que, hoje, ainda guardo com bastante carinho…Ok, não guardo porque aquilo fazia um barulho, aparentemente, incomodo para os meus pais e, quando houve oportunidade, foi fazer uma visita à lixeira municipal. Penso que, provavelmente, aquilo hoje é uma caneta ou assim. Eu sou uma chata com estes á partes! E pegando onde fiquei eu tinha uma varinha e cheguei a levar para escola o que fez com que, nesse dia, eu fosse a rapariga mais popular da Eb1 do Bom Pastor.
Falando agora mais propriamente da série, a Bunny era completamente apaixonada pelo Gonçalo que eu acredito que era o mascarado. Mas a maior parte dos telespectadores dizem que eles não tinha qualquer relação e que eram pessoas diferentes, mas eu não acredito. A Bunny era uma desastrada de primeira e nada estudiosa. A série teve cinco temporadas, mas não tenho a certeza se todas foram transmitidas em Portugal. Cada uma tinha uma espécie de nome. A série “Sailor Moon”, a “Sailor Moon R”, a “Sailor Moon S”, a “Sailor Moon Super S” e “Sailor Stars”.

Eu não me lembro de serem assim tantas, mas de uma coisa tenho a certeza: A Bunny e o Gonçalo ficaram junto para todo o sempre, beijando-se ao luar.

Batatoon

O quanto eu era viciada nesta marca registada! Bem…eu e a petizada toda da Era Batatoon espalhada por esse Portugal todo (sim, incluo os Açores e a Madeira. Desculpe-me Dr. Alberto João Jardim, mas sim, a Madeira pertence ao “contenente” ( por favor não confundir com cotonete)). Continuando a seguir este meu infeliz parêntesis, o Batatoon foi uma Era muito maluca de televisão nacional, principalmente na TVI. Cheguei a intervir indo mesmo ao programa em Queluz, mas, infelizmente (ou felizmente) o programa não chegou a ir para o ar, pois fomos todos parar ao Dona Estefânia porque uns começaram a deitar substâncias toxicas pela boca e como já dizia a minha avó: “Por uns pagam os outros. “

Retomando a parte do Batatoon e esquecendo a minha ida à estação de Queluz. O Batatoon começou tinha eu já uma idade bastante avançada…Tinha nada, tinha um ano, era mesmo só para dar ênfase à coisa…E tendo apenas um ano, não me lembro de grande coisa desde o seu início. Eu devo ter começado a ser espetadora assídua do Batatoon a partir dos meus cinco anos, que qual Nobita a correr para o Doraemon a lamentar-se do seu dia na escola,  eu ia era a correr para a frente da televisão para assistir a todos os episódios e dizia a celebre frase quando começava um desenho animado: “Comando na mão e carrega no botão.”

Havia quase todos os produtos do Batatoon: Lancheiras, CD’s, revistas, gomas, chupa-chupas, fantasias de carnaval, bóias, estojos, figuras pvc, entre outros.  Gosto também de acreditar que havia casais a praticar o amor com algo do Batatoon…Comentário infeliz!! Raios me partam!

A verdade é que o programa acabou no dia 15 de Março de 2002, com uma zanga (a sério) entre o Batatinha e o Companhia. Eu, pessoalmente, não me lembro deste episódio, mas há relatos que dizem que a zanga foi séria e que os dois “palhaços” se agrediram física e verbalmente no meio do programa e que foi tudo para o ar. Dizem, também, que milhares de crianças ficaram tão traumatizadas que nunca mais conseguiram ver televisão nem palhaços no circo… Admito, esta última parte é especulação não a verdade. Qualquer semelhança com a realidade é fruto do acaso.

Início

Olá, pessoas do meu tempo (ou não).
Antes de mais deveria dizer qual é o meu tempo, não é? Mas penso que não vale a pena. Vocês, ao longo dos posts, irão descobrir por vós mesmos.
Ora bem, talvez vou explicar como funciona o blogue.
Vou vos ser sincera, inspirei-me em alguém grandioso, para mim, para fazer isto. Espero não ser processada pelo génio que é Nuno Markl.
O único propósito deste blogue é, de alguma forma, dar continuidade à Caderneta de Cromos, mas na geração a seguir à do Nuno, falando de coisas que talvez não tivessem sido faladas por ele.
Espero que gostem e qualquer coisa disponham.

Ana Sofia Gomes